sábado, 1 de agosto de 2009

Galaxias

Os mistérios do espaço atraem a atenção do homem desde que a nossa espécie surgiu na superfície da Terra. Com o desenvolvimento de inúmeros instrumentos para auxiliar a observação espacial, alguns mistérios estão sendo resolvidos, como por exemplo: o movimento dos corpos celestes; as características dos planetas do Sistema Solar; as diferenças entre os corpos celestes; a existência de outros sistemas planetários; entre outros. Entre todos esses mistérios, muitos já praticamente resolvidos, existe um que é fascinante: a existência de outros sistemas planetários além do Sistema Solar. É sobre esse assunto que iremos conversar ao longo desse texto.
Cada sistema tem um ou mais corpos centrais, as estrelas, em torno das quais a maioria dos outros corpos celestes (planetas, satélites, meteoros , etc.) gira devido a força gravitacional. Esse conjunto (estrela(s) e corpos celestes unidos pela força gravitacional) recebe o nome de sistema planetário. O conjunto de sistemas planetários irá formar o que chamamos de galáxia.
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A nossa galáxia chama-se Via Láctea. O desenho ao lado é uma representação de como ela é. Dê só uma olhada como o sistema solar é pequeno em relação ao tamanho da Via Láctea. A Via Láctea possui cerca de 150 bilhões de estrelas e tem a forma de uma espiral. Seu diâmetro é de aproximadamente 100 mil anos luz, ou seja, se pudéssemos viajar à velocidade da luz levaríamos cem mil anos para atravessá-la.
Anos-luz é uma unidade de medida muito utilizada em astronomia para medir distâncias muitíssimo grandes, como é o caso do tamanho das galáxias ou da distância entre os corpos celestes. Um ano luz equivale a 9.600.000.000.000 Km!!! Essa é a distância que a luz percorreria em um ano (velocidade da luz x 1 ano: 300.000Km/s x 3.200.000 segundos). Já pensou se todas as vezes que fôssemos falar sobre a distância entre dois corpos celestes ou sobre o tamanho de uma galáxia tivéssemos que falar ou escrever números maiores do que esse? Para facilitar a comunicação e as operações, quando o assunto é distância astronômica a medida utilizada é a de anos-luz.
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Galáxias
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Mas a história não acaba por aqui! A Via Láctea também não é a única galáxia do Universo. Ela tem companhia, aliás, muita companhia. Há muito tempo o homem desconfia de que a Via Láctea não é a única do Universo. Por volta do século XVIII vários astrônomos já haviam observado entre as estrelas a presença de corpos extensos e difusos, que foram chamados de "nebulosas".
Até 1908, cerca de 15.000 nebulosas haviam sido catalogadas e descritas. O grande problema era determinar se essas nebulosas, compostas de inúmeras estrelas e outros corpos celestes, pertenciam ou não à Via Láctea.
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Galáxia Andrômeda
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Somente em 1923 Edwin Powell Hubble (1889-1953) proporcionou a evidência definitiva para considerar algumas das nebulosas observadas como galáxias independentes. Uma galáxia pode ser definida, de uma maneira simples, como um aglomerado estrelar mantido, principalmente, através da força gravitacional. Esse conjunto de estrelas é visivelmente definido no espaço, ou seja, entre duas galáxias existe um grande espaço onde não é visível uma grande concentração de estrelas e outroscorpos celestes. Assim, uma nebulosa é considerada uma galáxia independente se for possível definí-la espacialmente.
As galáxias também existem em grupos no Universo. O grupo ao qual pertence a nossa galáxia chama-se Grupo Local e possui cerca de 30 galáxias, com um diâmetro de 3 milhões de anos-luz!!! Andrômeda, uma descoberta de Hubble também pertence a esse grupo, estando a 2,2 milhões de anos-luz da Terra.
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Grupo Abell
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Se você está achando esses diâmetros muito grandes, imagine o tamanho de um grupo com 2.500 galáxias! E esse grupo existe!! Sabendo quantos quilômetros tem um ano-luz, imagine essas distâncias em quilômetros. Espantoso não é mesmo? Mais espantoso ainda se imaginássemos o possível tamanho do Universo. Esse é ainda um grande mistério para o homem!!